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Sejam bem-vindos ao blog. Mostro em minha arte um pouco da nossa cultura brasileira. Um pouco de história que guardo dentro de mim, um pouco de história que vejo nas pessoas. E eu espero que vocês se encontrem em cada uma das obras.

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Sejam bem-vindos ao blog. Mostro em minha arte um pouco da nossa cultura brasileira. Um pouco de história que guardo dentro de mim, um pouco de história que vejo nas pessoas. E eu espero que vocês se encontrem em cada uma das obras.

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domingo, 15 de junho de 2014

Terra sem Ninguém

Essa terra de dentro chora tanto pelo que há lá fora. Onde todos habitam sem habitar ninguém, onde todos se importam e fingem que vêem. Só depois, quando aprendemos a ouvir e enxergar, é que percebemos o quanto chove lá fora, o quando dói aqui dentro e que o sol infelizmente não nasce para todos!


Aprendemos a não olhar só para dentro, mas olhar ao nosso redor. Como muitos poucos fizeram antes de nós e nos deram assim o pouco que temos hoje. Podemos chorar sim, mas também devemos nos erguer e revoltar-se pelo certo. A calar-se e ouvir as outras partes e, aos que tem algum tipo de fé, entregar a nossa terra sem dono a Ele.


Um dia descobrimos que sozinhos não conseguimos melhorar as coisas ou "salvar o mundo". O mundo é grande de mais, e nós somos muito pequenos para carregá-lo. Também descobrimos que "super heróis não existem", e todos podem, de uma certa forma, se machucar. Descobrimos que são nas coisas simples que encontramos a felicidade e que nossa vitória maior não foi a nossa conquista, mas sim a nossa persistência e coragem durante o percurso. Uma de nossas maiores virtudes é lutar pelo que acreditamos e achamos ser correto até o fim.


O destino foi criado por pessoas que não sabem viver, podemos mudar nossas vidas, escrever nossa história, concertar o tempo perdido e arrumar erros passados. Ou talvez até isso poderia já estar ''pré-destinado'', não sei! Afinal, também posso estar errada como qualquer um que esteja presente.


Devemos sempre acreditar que um dia tudo irá melhorar, mas além disso, devemos colaborar para que essa mudança aconteça. Porque vivemos para conseguir mudanças e não se queixar de tudo que nos cerca. Saiba que a vida nos obriga a aprender, seja cedo ou tarde, que devemos abrir os olhos...

 ... E eu, eu comecei a abrir os meus...


Bianca Banfi, 2011.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Conto: Santíssima.

     Ela era santa, santa mesmo. Uma mulher de oração! Do tipo que faz tudo na igreja, desde a hora em que acorda até a hora que se dorme! Do tipo que é justa e fiel.  Ai de alguém que abrisse a boca para falar dela, ai daquele que se atrevesse a tocá-la, pois ela era Santíssima.

     Santíssima tinha também uma filha linda. Ah! Mas essa era guardada e querida, essa tinha sua santidade intacta! Santíssima amava exibir a filha que tanto gostava de agradar a mãe e sempre admirou a forma que ela a protegia dos ''homens maus'' e da forma em que, como mostrado em filme, a criou sozinha.

     Santíssima tinha tudo o que queria, pois era humilde e não queria muito. Mas pediu para Deus alguém com quem usufruir o pouco que tinha. Com quem dividir as aflições e despesas.

    Almo era um homem santo, santo mesmo! Do tipo que faz tudo na igreja, desde a hora em que acorda até a hora que se dorme! Do tipo que é justo e fiel. Poderiam haver alguns poucos comentários que colocava seu caráter em julgamento, mas ele não se abalava, pois sabia o quanto era correto! Não se sabe ao certo o que ele desejava para sua vida pessoal, mas de certo tinha desejo de ser pastor, e já estudava para isso. Homem muito santo!

E foi em um culto em que se conheceram... Ao primeiro acaso se estranharam, mas após trocas de olhares... Se gostaram e se desejaram. Não de forma carnal! Pois eram santos.

   Seis meses se passaram. Almo e Santíssima estavam com casamento marcado para o outro mês! Uma vez cristãos corretos e obedientes, deveriam se casar em santidade o mais rápido possível para que não desse o que falar, santíssima temia isso. Mas mal podemos nos esquecer da pequena, filha de santíssima. Seu nome não é muito importante e nem o que ela faz, o que se pode saber é que é bela, obediente e inocente. Pobrezinha.

  A pequena recebeu à Almo de braços abertos, como se fosse de sangue, como se fosse seu pai. E Santíssima se vislumbrava dessa boa harmonia que a família, agora completa, causava onde quer que passasse. Agora, Santíssima e Almo, eram os mais novos pastores da igreja de Cristo. Mas, o que será que aconteceu com a pequena? De repente ficou quieta e tristonha. Santíssima, em toda sua santidade, não percebeu.

   A pequena, brincando de investigação, descobriu o que não deveria. Seu mundinho desabou diante de seus pés, o chão não mais existia, o céu escureceu. Seus brinquedos ficaram feios, o rosa ficou preto. Viu o que a pouco só via na TV, ali diante de seus olhos. Almo saia com outras mulheres, e, ainda não se sabe ao certo se ele se apaixonou por sua inocência ou se a invejou. Mas o que se sabe é que a destruiu por inteiro.

  Santíssima era santa, essa era! Ninguém falava nada dela, era em quem a pequena, muito confusa, confiava... O mundo de Santíssima desabou! O que faria ela agora? O que diriam as pessoas? Divórcio? Mas que desculpa tem a dizer?! Santíssima chora até não se conter mais. Pequena sente a culpa e se desculpa por mais de uma vez. Culpa, culpa de quem? Diabo recebe a culpa e o pecado é abolido pelo sangue de Cristo. Afinal, nada aconteceu. Tampa a boca da menina.

   Os anos se passaram, não muitos, mas o suficiente para pequena sofrer o ciumes de sua mãe que agora não mais a olhava como menina, mas como uma linda moça que poderia tentar tomar seu lugar. Como aconteceu mesmo? Pequena é acusada de sedução, Jezabel! - O que pensariam os vizinhos?! - Viver no medo? Viver com uma rival? Santíssima não suporta tatos pensamentos turbulentos e então mata a própria filha, a Pequena, a probrezinha.

  Santíssima e Almo eram um lindo casal, mais que lindos, eram santos! Mas santos mesmo! Do tipo que faz tudo na igreja, desde a hora em que acorda até a hora que se dorme! Do tipo que dá aos pobres e sempre estão com o braços abertos. São ricos? Sim! Mas com o coração muito humilde. Mas só que o fim de quem nunca realmente existiu faz de todo o começo uma mentira. Não se sabe mais quem é quem.


Nota:
Almo: Adorável, santo. Benéfico, bom, delicioso.